HISTÓRIA DO CARRO DE SOM

HISTÓRIA DO CARRO DE SOM
Muito antes dos alto-falantes sobre rodas, a divulgação “na rua” já existia nos pregões de feirantes e mascates. Com a popularização do rádio e dos sistemas de amplificação no início do século XX, essa tradição oral ganhou potência técnica e virou propaganda sonora volante: mensagens gravadas/locutadas levadas por veículos que percorrem bairros e povoados. intercom.org.br
No Brasil, a presença do som motorizado na vida pública se consolidou a partir da metade do século XX. Um marco cultural é o trio elétrico, nascido em Salvador: em 1950, Dodô & Osmar adaptaram um Ford 1929 com alto-falantes e instrumentos eletrificados e atravessaram a cidade puxando multidões — um símbolo de como o som embarcado podia agrupar, informar e entreter em movimento. A ideia cresceu e moldou o imaginário sonoro das ruas brasileiras. A TARDEcarnaxe.com.br
Enquanto o trio elétrico transformava festas populares, o carro de som comercial se espalhava como mídia de proximidade: anúncios de porta de loja, feiras, inaugurações, utilidade pública e campanhas locais. Em muitas cidades do interior, ele virou traço de identidade — um meio “da comunidade” para falar com a própria comunidade. faculdadersa.com.br
Dos anos 1980–2000, a evolução técnica (melhor amplificação, gravação em fitas e depois em digital) consolidou o jingle e o spot profissional. A partir dos anos 2010–2020, a operação incorporou playlists digitais, roteiros por janela do dia, geolocalização e integração ao online, mantendo o formato relevante mesmo diante das mídias sociais. propagandacarrodesom.com.br
Em paralelo, o ambiente regulatório ganhou contornos mais claros — tanto em normas municipais (ruído/horário) quanto em regras nacionais de trânsito e som automotivo (ex.: Resolução CONTRAN 958/2022), que ajudam a balizar convivência urbana e segurança. Portal do Trânsito
Linha do tempo (bem resumida)
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Séculos XIX–XX (início): pregões e feiras → chegada do rádio e dos alto-falantes; primeiras experiências de som ambulante. intercom.org.br
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1950: trio elétrico de Dodô & Osmar em Salvador torna icônico o som motorizado nas ruas. A TARDEcarnaxe.com.br
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1960–1990: carro de som se populariza para comércio, eventos e avisos públicos; jingles viram padrão. faculdadersa.com.br
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2000–hoje: digitalização do áudio, geolocalização, integração com campanhas online e regras mais claras de operação. propagandacarrodesom.com.brPortal do Trânsito
O que permanece
A essência não mudou: proximidade, linguagem direta e capilaridade. O carro de som continua sendo uma mídia que fala no ritmo do bairro, combinando tradição oral com tecnologia e governança — por isso segue presente em inaugurações, feiras, utilidade pública e ações de varejo local em todo o país.
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